Luís Delfino dos Santos em Desterro, Ilha de Santa Catarina, Brasil, e 1834 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1910. Político e poeta brasileiro, considerado “o segundo poeta mais importante de Santa Catarina, superado apenas por Cruz e Sousa.” Formado em Medicina, foi também senador por Santa Catarina no início da República Velha.
Não publicou livros em vida, distribuindo-os em jornais e revistas da época. Sua obra é, no entanto, vasta — mais de mil poemas —e considerada perfeita. Foram reunidos em catorze volumes e publicados pelo filho, Tomás Delfino dos Santos, entre 1926 e 1943.
Considerado um parnasiano, mas sua poesia chega até ao simbolismo.
CAPRICHO DE SARDANAPALO
"Não dormi toda a noite! A vida exalo
Numa agonia indômita e cruel!
Ergue-te, ó Radamés, ó meu vassalo!
Faço-te agora amigo meu fiel...
Deixa o leito de sândalo... A cavalo!
Falta-me alguém no meu real dossel...
Ouves, escravo, o rei Sardanapalo?
Engole o espaço! É raio o meu corcel!
Não quero que igual noite hoje em mim caia...
Vai, Radamés, remonta-te ao Himalaia,
Ao sol, à lua... voa, Radamés,
Que, enquanto a branca Assíria aos meus pés acho,
Quero dormir também, feliz, debaixo
Das duas curvas dos seus brancos pés!..."
Essa poesia e biografia de Luís Delfino é um trabalho da matéria de português que fizemos com a professora Silmara dos autores de poesias catarinenses.
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